Os fatores que possibilitam uma grande guerra na região do paralelo 38
Os
fatores que possibilitam uma grande guerra na região do paralelo 38
Adilla Santos
Crislaine Balbina
Loraine Ferreira
Vitória Cristina
Resumo:
Neste presente artigo temos
por objetivo entender os conflitos históricos no paralelo 38 e divulgar a
tensão e as ameaças de ataques com armas nucleares entre a Coreia do Norte e os
EUA, quais motivos levariam a um novo conflito bélico entre as potências, as
causas e consequências que esses conflitos trariam e os problemas que o Brasil
viria a enfrentar economicamente caso essas hostilidades fossem postas em prática,
o que evita que essa guerra aconteça e quem seria os envolvidos.
Abstract:
In
this article we aim to understand the historical conflicts in the 38th parallel
and to disclose the tension and the threats of nuclear weapons attacks between
North Korea and the US, what reasons would lead to a new war between the
powers, causes and consequences that these conflicts would bring and the
problems that Brazil would face economically if these hostilities were put into
practice, which prevents this war from happening and who would be involved.
Palavras
chave: Histórico. Paralelo 38. Ameaças. Armas nucleares.
Esse
trabalho tem por objetivo abordar a guerra que ocorreu e que de certa forma nao
acabou na região do paralelo 38, pois é de fundamental importância saber o que
acontece no mundo, e entender a história é o que nos ajuda a compreender o
presente.
Este paralelo é uma linha imaginaria que está a 38 graus norte da linha do equador, ela foi sugerida como uma demarcação (linha divisória) pela primeira vez em 1896, quando o imperio Russo tentava ter o controle da coreia, porém o governo Japonês tinha seus direitos reconhecidos sobre aquela terra pelo império britânico, para evitar guerras o governo japonês propôs que dividisse a coreia em duas esferas distintas ao longo do paralelo 38, porém não houve nenhum acordo formal e o governo japonês tomou posse total em 1910.
Pós segunda guerra mundial ainda em 1945 com a rendição e a humilhação do Japão, quatro dias antes da libertação da coreia, foi durante a Conferência de Potsdam que o paralelo dividiu a península coreana aproximadamente ao meio. Em 1948 esse paralelo tornou - se fronteira entre os países recém-formados, coreia do Sul com o apoio dos Estados Unidos (capitalistas) e a coreia do Norte que recebeu o apoio da União soviética (comunistas). Desde a separação houveram muitas disputas de fronteira, que se intensificaram quando a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul tomando a capital de Seul em 1950. A ONU (organização das nações unidas) manda tropas que expulsam os socialistas, que tinham como objetivo unificar o pais sobre a bandeira do comunismo, porém o exercito da ONU de 140 mil homens vencem os 70 mil norte coreanos e três meses depois Seul foi libertada, com esse domínio, as tropas multinacionais invadem a coreia do norte com a desculpa de transgressão do paralelo 38 e entra em sua capital Pyongyang ameaçando a fronteira chinesa que era aliada da URSS e ajudava os Norte coreanos, ao se sentir ameaçada a China envia 300 mil soldados, o que acabou colocando em risco a paz mundial pois a partir disso começaram as ameaças de armas nucleares e bombas atômicas e o que se iniciou como uma disputa de território e uma tentativa de unificação acabaria se tornando um grande conflito nuclear. Estima – se que nos confrontos morreram 3 milhões e meio de pessoas. Em 1953 firmaram um armistício como medida temporária para assegurar o fim das hostilidades, hoje 64 anos depois os países seguem tecnicamente em guerra.
Saber o histórico da guerra e
os países envolvidos nos ajuda a compreender as ameaças, e os motivos do que
veremos a seguir.
A
Coreia do Norte desenvolve armas nucleares e ameaça os Estados Unidos.
Ha aproximadamente 30 anos a
Coreia do Norte assinou um tratado se comprometendo a não fabricar mais armas
nucleares, porém com o colapso da união soviética, que era um dos seus
principais aliados econômicos a URSS deixou de mandar as verbas e armamentos e
com os desastres naturais como as enchentes e um golpe na sua agricultura ( que
é o seu principal meio econômico) fez com que muitas pessoas morressem de fome
isso desandou o governo e fez com que kim Jong II desejasse mostrar seu poderio
nacionalista investindo em armas nucleares, por se sentir ameaçado e como uma forma de sobrevivência aos seus
inimigos ( EUA, Coreia do Sul e Japão).
No ano de 2003 a Coreia do Norte desprezou o tratado de não ascensão de armas nucleares, um dos seus maiores motivos é que sempre esteve em estado de alerta principalmente pelo medo de perder seu território. Quando Kim Jong un assumiu o poder e começou a testar suas armas despertou a preocupação mundial e a punição da ONU, como resposta a esses testes a ONU penalizou a coreia do Norte com sanções econômicas o que não surtiu o efeito esperado. Até os dias atuais as coreias e os EUA ainda estão em pé de guerra com ameaças a todo momento.
Em 2013 a Coreia do Norte criou uma bomba de hidrogênio 50 vezes mais potente que a bomba lançada em Hiroshima e Nagasaki, também foram feitos testes de misseis intercontinentais em uma base dos Estados Unidos localizada no Japão. Esses testes levaram as ameaças a um grau mais sério, pois mostra ter sido realizado para demonstrar de fato que a coreia do Norte tem a capacidade de alcançar o território americano.
A China que antes interferiu na guerra ao lado da Coreia do Norte não tem interesse em participar diretamente de uma nova guerra apoiando a Coreia do Norte pois mantem fortes relações econômicas com a coreia do Sul e com os EUA, porem ela envia produtos para a coreia do Norte, produtos esses que são usados para fabricar armamentos. Em uma recente visita a China Donald Trump tentou convencer Xi Jinping (presidente da China) a não exportar mais os produtos para que a coreia do Norte parasse de produzir as armas, e também pedir para que a china convencesse a coreia do Norte desistir de produzir e testar seus armamentos. O que para kim Jong-un está fora de questão. A briga entre os países aumentou ainda mais após Donald ter revidado as ameaças e dizer que destruiria a coreia do Norte, qualquer ação mal interpretada (erro de cálculo) pode ocasionar uma guerra.
Que
impactos físicos e econômicos uma nova guerra causaria ?
Não podemos negar que uma
guerra entre a Coreia do Norte e os Estados unidos tomaria proporções mundiais,
com todos esses acontecimentos as preocupações aumentaram, ambos os países
seriam danificados a proporções extremas que dependendo dos investimentos de
outros países poderia ser quase irreparável. Apesar da Coreia do Norte não ter
basicamente apoio nenhum, ela insiste em provocar a fúria dos estadunidenses
desse modo fica mais fácil que os Estados Unidos façam um ataque preventivo.
Com a teoria do louco Trump quer fazer Kim pensar que estão se preparando para
atacar e faze-los começar a guerra. O primeiro lugar a ser atacado se o
principal inimigo agora não fosse os EUA seria a capital de Seul, e bastaria
apenas alguns minutos para atingir a capital. A estimativa para o primeiro dia
de guerra seria de cerca de 63 mil mortos e a coreia do Norte não desistiria
até conseguir a unificação das coreias. Temos que ressaltar que o exército
norte coreano é 11 vezes maior que o de 1950, eles tentam se igualar aos EUA com
o desenvolvimento de armas nucleares.
O ataque da Coreia do Norte aos Estados Unidos seria principalmente em primeira instancia em suas bases que estão espalhadas pelo mundo como a do Japão, para invadir essas bases a coreia do Norte teria que reunir todo seu arsenal como tanques de guerra em barcos e artilharia pesada. ‘’Três semanas seria o tempo máximo da missão pois depois disso o suprimento acabaria e faltaria alimento para mais de 1 milhão de soldados” (assim diz o especialista de plano de guerra norte coreano).
A guerra poderia se tornar um confronto nuclear a partir do momento que as elites norte coreanas se sentissem ameaçadas pelos EUA e não hesitaria em usar seus misseis e bombas nucleares como plano de fuga. Estima- se que nos confrontos morreriam cerca de 300 a 400 mil pessoas entre civis e soldados apenas na primeira semana, e até 2 milhões de pessoas após a terceira semana.
De que
forma o reflexo de uma guerra naquela região afetaria o brasil?
A região asiática é a maior
consumidora de produtos alimentícios de origem brasileira como os grãos,
proteína animal e vegetal. Parte do minério de ferro e aço que o Brasil exporta
vai para a China, e também fornece recursos naturais para fornecer energia ao o
Japão. Vemos o quanto o Brasil depende dos investidores. Os EUA, China e Japão
estão entre os 10 principais investidores no brasil, no momento em que esses
países entrassem em guerra os investimentos diminuiriam drasticamente, os EUA
usariam maior parte das suas economias com a guerra, a china e o Japão pararia
de comprar os produtos e assim o Brasil produziria mais do que pode vender
causando uma crise, como a do café em 1929.
O que
esta evitando que a guerra aconteça ?
- O risco de se tornar uma
guerra nuclear
Quando Kim Jong-un continuou a
fabricar os misseis e bombas, não foi necessariamente para iniciar uma guerra.
Foi para intimidar seus inimigos a fazer um ataque, o risco de que poderia se
tornar uma guerra nuclear faz com que os países repensem se devem usar suas
forças e enfrentar a Coreia do Norte. No pensamento de Kim ter armas poderosas
evita guerras.
- A economia global
Ao mesmo tempo que a China é
aliada da Coreia da Coreia do Norte, mantem fortes relações com a Coreia do Sul
e EUA por isso a China não tem interesse que haja guerras naquela região, seria
prejudicial a ela economicamente, porem não é a China a principal interventora
da guerra e sim a economia global. Os países envolvidos têm uma forte
influência no processo de globalização caso entrassem em conflito danificaria
toda economia mundial e por saber disso ambos os países ainda estão segurando
os ataques.
Economia
Norte e Sul Coreana.
Por usar suas economias em
armamentos nucleares as condições na Coreia do Norte são precárias, o pais
mantem sua economia baseada na agricultura e pequenas estruturas industriais,
como o parque industrial que foi criado por volta do ano 2000 que se localiza
em Kaesong próximo à fronteira com o Sul, ele funciona do lado norte mas é
mantido por 123 empresas Sul Coreanas, a maioria de tecidos, que emprega 50 mil
trabalhadores da coreia do norte e é uma das poucas fontes de renda da
empobrecida ditadura comunista, centenas de sul coreanos também trabalham nesse
parque e são os únicos autorizados a cruzar a fronteira diariamente.
A coreia do Sul modernizou sua indústria e tornou-se um dos principais países exportadores da Ásia, com investimentos maciços dos EUA e da China. Já a Coreia do Norte manteve seu sistema comunista com um rígido controle sobre os meios de produção, é escasso em energia eletrica e o pais não produz alimentos o suficiente para a população, o que já provocou a morte de 2 milhões de pessoas.
Conclusão:
Com base nas pesquisas feitas
observamos que os antigos problemas mal resolvidos ainda refletem no dia a dia
dos Norte Coreanos, como a falta de investidores e a condição precária do pais.
Temos por conclusão que uma nova guerra na região do paralelo 38 não seria
viável para nenhuma das potencias beligerantes envolvidas.
‘’Em uma matéria da BBC Brasil
publicada no dia 25/09/2017 às 16h45, especialistas supõem que as ameaças de
guerra tanto vinda do ditador Norte coreano Kim Jong-Un quanto do presidente
Norte Americano Donald Trump, não são motivos de pânico’’. Até porque os países
sabem as consequências que uma guerra pode trazer. Observamos que só ocorreria
um confronto direto caso Trump iniciasse os ataques como forma de resposta aos
testes, mas isso pode não acontecer pois ele sabe que a coreia do Norte
revidaria atacando seus aliados (coreia do Sul e Japão) e ambos os países têm
mais a perder do que a ganhar se houver essa guerra.
Referencias:
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